Sou apaixonada pelos textos dos meus amigos, principalmente quando são criativos, inteligentes e capazes de proporcionar várias leituras. Quando fui à Brasília em 2006 participar do ENEL conheci Davi Miranda e nos tornarmos amigos, pessoalmente só nos falamos umas duas vezes lá no Distrito Federal , mas nunca deixamos de conversar pela internet e compartilhar as coisas boas da vida.
Um dia lendo o seu blog me surpreendi com "O poder discursivo da meleca" e agora que estou com meu blog, fiz questão de também publicar esse ótimo texto.
Um dia lendo o seu blog me surpreendi com "O poder discursivo da meleca" e agora que estou com meu blog, fiz questão de também publicar esse ótimo texto.
Davi Miranda - poeta e prosador formado
em Letras pela Universidade de Brasília.
http://intertextoecontexto.blogspot.com
"O poder discursivo da meleca"
Ela ainda tá lá. Lá no banheiro masculino do Pavilhão João Calmon, da UnB.
Uma meleca apertada contra a parede e arrastada alguns centímetros em diagonal, na parede (limpinha) que sustenta o mictório. Impressa ali enquanto o mané tirava a água do joelho.
Não é a primeira, nem será a última.
Símbolo da liberdade digital de expressão, de se poder meter o dedo onde bem entende.
Aquela meleca ali me dizia muita coisa.
Muito mais do que todas aquelas palavras pichadas nas portas do banheiro.
Era o discurso concretamente redigido do indíviduo que queria te dizer:
"Faço isso não por molecagem, mas por que posso. E você não pode fazer nada, só vai ficar aí olhando, achando que pode mudar o mundo. E você também é tão nojento e desprezível como eu, só não tem coragem de assumir que nem eu, seu covarde! Morra frustrado, mané."
Foi isso o que a meleca me disse.
Bleargh. Que nojo dessa sociedade, onde uma meleca se faz veículo de um triste e real discurso
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirQuem nunca passou uma meleca na parede?!?!!