Eu li, A Cabana, de William P. Young.

Por Jaqueline Suzarte

Meu Pastor, Kleyton Geaffas, sempre diz que as experiências que temos com Deus ninguém nos tira. É assim que penso, também. Na verdade, experiência é algo muito pessoal e mesmo que ninguém acredite, não entenda ou qualquer outra coisa... O que você viveu, viveu e pronto! Falar de experiência com Deus é algo ainda maior, intenso e sobrenatural. Na maioria das vezes é o impossível conquistado! Difícil explicar ou mesmo quase surreal, mas quem teve uma graça, dádiva, cura ou sonho realizado sabe que o processo pelo qual passou e parecia que não ia ter solução até receber a sonhada benção, será sempre uma experiência lembrada, onde haverá sempre a certeza de que realmente a mão do Pai esteve presente.

É bem mais fácil nos apegarmos aos grandes fatos bíblicos: o mar se abrindo, a água virando vinho, o cego sendo curado com a saliva de Jesus etc., etc., coisa e tal. Estes acontecimentos foram milagres, mas também experiências do homem com Deus. No entanto, se no passado já era difícil acreditar em milagres, nos dias de hoje para alguns céticos ou ateus parece um espantoso absurdo. O interessante de tudo isto é que Deus não mudou o que mudou foi à visão dos homens sobre o mundo e os mistérios de Deus. Ao refletir sobre a vida, para alguns pareceu mais fácil não acreditar do que acreditar no poderoso Deus, mas nenhuma incredulidade ou qualquer coisa do tipo poderá apagar a grandiosidade que é ter um encontro, uma experiência ou mesmo a companhia do Pai eterno.

Quando entrei na Universidade para cursar Letras confesso que era bem imatura. Quase tudo que eu acreditava ser Literatura acabou sendo desmistificado e com isto, um novo mundo se abriu transformando tudo o meu redor. Comecei a absorver de fato questões mais complexas, sociais, transformadora, cânones, não-cânones, conceitos, universo, linguagem, leitura científica... Tanta coisa nova! Isto acabou me distanciando do que não é literatura. De repente também se ler por prazer, ao mesmo tempo em que analisa e relaciona com outras leituras. Se antes eu lia tudo que dessem, na faculdade aprendi a filtrar e escolher com mais cuidado as obras que lia e leio. Mas, enfim, o que tudo isto tem haver com o livro A Cabana?

No meu aniversário no ano passado tive uma grande surpresa... Ganhei de presente o Livro: A Cabana do escritor William P. Young. A primeira vez que ouvi sobre esta obra foi através de um amigo (Daniel), depois comecei a prestar atenção e vi que estava nas livrarias. Até então não tinha tido a curiosidade de ler, mas quando ganhei de presente a história mudou e hoje tenho que agradecer a escolha da minha amiga, Rita, em ter me presenteado, pois é um livro para ler em qualquer momento da vida. Sem dúvida é um livro sensível as questões humanas! Tem uma história forte, misteriosa, sobrenatural, reflexiva. Tem um lado que parece um tanto fantasioso, mas trata-se de experiência e isto, como eu disse antes é algo muito pessoal, ainda mais quando é com Deus. Fiz questão de começar meu texto falando sobre experiência para justificar a nobreza desta obra, pois nela existe a discussão sobre o relacionamento do ser humano com o mundo a sua volta que é melhorado a partir do momento que existe um relacionamento sincero do homem com Deus e este questionamento parte da experiência que o personagem principal tem com a Trindade Santa. Por este ponto de vista não cabe questionar se a história é verdadeira ou não e sim permitir que a livro também fale comigo.

Existe outro ponto que é o do conhecimento bíblico, pois, de fato, quem tem o hábito de ler a Bíblia sabe que tem muitas passagens coerentes com a própria palavra de Deus. Claro que A Cabana não tem características semelhantes com a literatura brasileira, não, isto não há, mas também não considero como pertencente a uma estante de auto-ajuda como sei que há em algumas prateleiras. Prefiro dizer que é uma obra capaz de tocar uma pessoa por ser um livro sensível aos traumas e a dor humana, além de mostrar a necessidade do homem em ter Deus em sua vida como seu condutor. Pelo menos esta foi à leitura que fiz.

Li o livro, A Cabana e recomendo.